UMA DOSE DE SAÚDE: VITAMINA D

Por Juliana Ambrosano Puerta

A vitamina D, ou “vitamina do sol”, é conhecida por sua capacidade de regular o cálcio e o fósforo na corrente sanguínea e está associada à saúde dos ossos (mineralização óssea adequada). Porém, novos estudos mostraram que a mesma vitamina pode influenciar o istock_000042783592_xxxlargesistema imunológico, exercendo uma importante função na prevenção de doenças inflamatórias e auto-imunes e até do câncer.

Em muitos países nos quais há pouca incidência de sol, a diminuição desta vitamina no sangue está associada ao aumento da prevalência de doenças inflamatórias e auto-imunes, incluindo as alergias. “As pesquisas apontam que a vitamina D ajuda a regular o sistema imunológico. Pacientes acometidos por alergias podem se beneficiar de sua suplementação”, afirma Juliana Chames Gongora, nutricionista do Tennis Square.

 

PREVENÇÃO

No entanto, para efeitos de prevenção, a nutricionista adverte que a vitamina D deve ser ingerida na forma de colecalciferol, mais conhecido como “D3”, o que garante uma melhor absorção. Poucos alimentos são fontes de vitamina D. Entre estes, temos a gema de ovo, fígado, manteiga e alguns tipos de peixes, como a cavala, o salmão e o arenque. Em menor quantidade, a sardinha e o atum também possuem esta vitamina.

“Junto com o cálcio, ela contribui para a saúde dos ossos. A vitamina D é estimada pela medição das concentrações de 25-hidroxivitamina D no sangue. A quantidade normal varia de acordo com os especialistas, mas gira em torno de 30 a 40 ng / mL . Os especialistas concordam que níveis abaixo de 20 ng / mL não são ideais para a saúde do esqueleto. Em um estudo norte-americano, 41,6% dos participantes adultos (com idade a partir dos 20 anos) apresentavam índices abaixo do esperado”, diz a médica ginecologista Bárbara Murayama.

Muitas pessoas se perguntam se a deficiência de vitamina D3 influencia no emagrecimento ou na obesidade. A Dra. Bárbara nos alerta: “sabe-se que pessoas obesas parecem ter mais chances de desenvolver a deficiência, assim como pessoas com doenças intestinais em que a absorção dos alimentos não ocorre de forma adequada.”

A carência de vitamina D ainda está associada à osteoporose e, por extensão, ao aumento do risco de quedas, bem como a eventuais fraturas. A identificação e o tratamento da deficiência de vitamina D, portanto, são importantes para a saúde músculo-esquelética.

 

SINAIS

As manifestações clínicas da falta de vitamina D dependem da gravidade e da duração da deficiência. A maioria dos pacientes com moderada ou leve deficiência não sentem nada. Já com uma deficiência prolongada, pode ocorrer a desmineralização dos ossos. Os sintomas decorrentes podem incluir dor óssea e sensibilidade, assim como: fraqueza muscular, fraturas e dificuldades para caminhar. Muitas são as causas que corroboram para este quadro, incluindo uma exposição reduzida ao sol ou alterações no funcionamento regular do fígado.

A produção cutânea de vitamina D diminui com a idade. Além disso, a ingestão de vitamina D, na dieta, é geralmente mais baixa em indivíduos idosos. A insuficiência de vitamina D também parece ser mais comum em grupos específicos, incluindo: obesos, pessoas que tomam medicamentos para acelerar o metabolismo da vitamina D (como a fenitoína), pessoas hospitalizadas ou institucionalizadas ou indivíduos que têm uma exposição solar eficaz, mas limitada por vestuários de proteção.

Quanto às gestantes, Barbara Murayama ressalta: “há poucos dados sobre a triagem para a deficiência de vitamina D durante a gravidez. A maioria dos especialistas concorda que não é necessário medir os níveis de vitamina D na população geral de mulheres grávidas – porém, normalmente, dosamos a vitamina D em gestantes que são obesas, usam roupas de proteção ou têm histórico de má absorção.”

É isso aí: reveja seus hábitos e faça um exame sanguíneo para saber como anda a sua taxa de vitamina D. Sua saúde agradece!

 

 

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