Membro da Sociedade Brasileira e Européia de Neurociência, Fabiano de Abreu vê seu estudo sobre o segredo da felicidade publicado na Latin American
Fotos Shutterstock.com (por Sunny studio) e Divulgação
A felicidade todas pessoas pretendem alcançar. Aliás, a humanidade é obcecada por estar, ou parecer estar, constantemente feliz. O neurocientista e neuropsicólogo membro da Federação Européia de neurociência, Fabiano de Abreu explica que, “não há felicidade constante, já que felicidade são picos de emoções variáveis e de acordo com acontecimentos”.
“Aliás, as sensações que recebem definições de felicidade estão de acordo com a resposta do equilíbrio. Quando você se sente incomodado, por qualquer circunstância que seja, os níveis e possibilidades de sensações de felicidade ficam alterados, vou chamar de sensações de felicidade, qualquer sentimento e/ou emoção que leve a determinação vulgar de felicidade, como alegria, satisfação, contentamento, bem-estar, prazer, júbilo, ledice, gosto, aprazimento, deleite, regozijo, euforia, bem-aventurança.”
Contudo, achamos, enquanto sociedade, que apenas somos bem sucedidos se alcançarmos a felicidade a todo instante. Estarmos felizes é também produto da nossa biologia e, muitas vezes, não temos noção de todo o processo.

“Os estudos concluem que, a dopamina nos fornece aquele pico de felicidade, mas que neurotransmissores como a serotonina, dopamina, ocitocina, hormônios como o cortisol, entre todos os outros precisam ter seu bom funcionamento, ou seja, a homeostase se faz necessária para que isso ocorra. Assim como o equilíbrio relacionado às regiões do córtex pré-frontal com o fascículo do cíngulo, que passa do giro do cíngulo ao giro parahipocampal no sistema límbico.”, afirma Abreu.
Felicidade e equilíbrio têm uma relação
“Cognitivamente é sabido que tudo na vida precisa de equilíbrio, nele encontramos o conforto necessário para mais picos de felicidade e mais e melhores sensações de felicidade. O conforto na consciência relacionado à cultura e personalidade do indivíduo influencia na determinação da liberação dos neurotransmissores da felicidade, assim como na sua intensidade”, explica Fabiano.
A felicidade é a conjugação entre as nossas decisões, o mundo que nos rodeia e a nossa genética. “Comportamentos e hábitos, probabilidade genética, inteligência, a homeostase, são fatores determinantes que definem o segredo da felicidade. A genética define probabilidades, comportamentos e hábitos como alimentação, exercícios físicos, tratamento etc. definem equilíbrio, inteligência define controle emocional, pensamentos, comportamentos e hábitos e a homeostase está no resultado de todas essas ações e a genética.”, conclui o neurocientista.