Uma a cada 10 mulheres sente dor na relação sexual sem saber a causa

Dor na Relação Sexual
Débora Pádua, Fisioterapeuta Pélvica especializada no tratamento de disfunções sexuais.

A Universidade de Glasgow, na Escócia, realizou um levantamento intrigante: uma a cada 10 mulheres sofre com dor na relação sexual. Apesar da alta incidência indicar que seja algo comum, a dor nunca é algo normal, principalmente durante a relação sexual.

A fisioterapeuta pélvica Débora Pádua, fundadora da primeira clínica especializada em vaginismo e dor na relação do Brasil, explica que em alguns casos a mulher até pode sentir um desconforto, mas dor é um fator que precisa ser investigado.

“O mais importante é que as mulheres saibam que nenhuma dor é normal e para todos os problemas femininos existe um tratamento adequado. As mulheres toleram bastante a dor e,além disso, muitas pessoas negligenciam muito a situação relacionada ao sexo. Muitas só procuram um especialista quando a situação passa a ser insuportável”, explica a fisioterapeuta.

Solução a fácil alcance

Já que não é muito conhecido, o vaginismo tem um diagnostico que muitas vezes demora a ser dado às pacientes. Consequentemente, isso leva mulheres a ter uma vida sexual nula ou extremamente dolorosa. Porém, a boa notícia é que, por meio de um tratamento de fisioterapia especializada, a paciente consegue se livrar das dores em questão de poucos meses.

Uma das pacientes que venceu o vaginismo passou 33 anos em um casamento sem conseguir ter uma relação com penetração. “Tentei por muitos anos e não conseguia. Enfim, a dor era insuportável. A minha relação com meu marido tinha muita paixão, mas nunca consegui sexo com penetração. Eu tinha vergonha de ir ao ginecologista, pois, ao me examinar, perceberia que eu ainda era virgem, mesmo casada. Comecei a pesquisar e encontrei a Dra. Débora. Me espantei quando descobri que eu não era a única e me animei em buscar ajuda. Eu e meu marido estamos em lua de mel após 33 anos de casados”, conta a paciente de 53 anos.

Causas da dor na relação sexual

Não existe uma causa única do vaginismo. A contração involuntária da musculatura pélvica pode acontecer por uma junção de causas físicas, como infecções, lesões ou relações dolorosas, e causas psicológicas, como traumas sexuais ou fatores religiosos. “O vaginismo pode aparecer em qualquer fase da vida e, muitas vezes, a valorização da virgindade, rigidez na educação sexual, uma primeira relação dolorosa, um parto traumático, ou mesmo uma relação dolorosa por qualquer outra razão, podem estar relacionados ao desenvolvimento do vaginismo”, ressalta Débora.

Não há vergonha alguma em sofrer por condições que causam dores na relação. Deve-se sempre procurar um profissional para o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado. “A realidade das mulheres que sofrem com vaginismo são várias. Já tive pacientes que sentiam muita dor, outras, que nem conseguiam ter uma relação. Mulheres de todas as idades sofrem porque existe um tabu de não se discutir sobre o que é saudável ou não quando o assunto é a sexualidade feminina. Existe tratamento para o vaginismo e ele pode eliminar as dores em um curto período. Com a fisioterapia pélvica é possível que qualquer mulher tenha uma vida sexual absolutamente normal e sem dores”, finaliza.

Mais sobre Débora Pádua

Débora Pádua, Fisioterapeuta Pélvica especializada no tratamento de disfunções sexuais.

Desde 2014, dedica-se exclusivamente ao tratamento de disfunções sexuais associadas à dor na relação. Atualmente, lidera uma equipe de fisioterapeutas especialistas em sua clínica, a primeira dedicada ao tratamento de Vaginismo e Dor na Relação do Brasil.

Sua experiência de mais de 15 anos, associada ao lado humano, lhe proporcionou a capacidade de compreensão dos desafios que as mulheres enfrentam nos vários estágios de vida. Desde 2013 avaliou e tratou juntamente com sua equipe mais de 2.000 mulheres na superação do Vaginismo e da Dor na Relação.

Mãe de 2 meninos, entende a importância da constituição da família e auxilia suas pacientes na realização do sonho da maternidade.

Autora do livro Prazer em Conhecer e consultora dos sites Capricho e das mídias IG, Nova e DaquiDali.

Acreditando que todas as mulheres têm direito à cura das disfunções sexuais, anualmente abre inscrições para o “Projeto Solidário Sexo sem Dor” onde oferece gratuitamente a um grupo selecionado de mulheres que não possuem condições financeiras, acesso ao tratamento.