Sexóloga orienta técnica para um melhor desempenho e qualidade sexual na terceira idade
Na última semana, uma pesquisa realizada pela Universidade de Michigan, o apoio da AARP- Associação que reúne mais de 38 milhões de aposentados nos EUA, divulgou que, cerca de 40% das pessoas entre 65 e 80 anos, se declaram sexualmente ativas. O estudo foi feito com 1000 voluntários norte-americanos dentro desta faixa etária.
De acordo com a fisioterapeuta especialista na região pélvica e sexóloga, Débora Pádua, não existe limite de idade para ter uma vida sexualmente ativa. Entretanto, como bem se sabe, quando a mulher tem mais idade, é comum que a mulheres se queixem de algum tipo de incomodo durante a penetração, isso pode acontecer por diversos fatores, como a perda de hidratação da região por exemplo.
Pensando nisso, a profissional indica a fisioterapia pélvica. “Com técnicas específicas como massagem perineal, eletroestimulação intracavitária, exercícios pélvicos ajudam a melhorar a flexibilidade, hidratação e redução da dor na relação ou mesmo para realizar exames ginecológicos”, diz acrescentando que as sessões são realizadas semanalmente e a taxa de sucesso do tratamento é entre 70 a 100%.
A fisioterapeuta ainda ressalta que, 18% da população feminina dessa idade sofre com algum tipo de transtorno de dor ligado a penetração dolorosa, há quem culpe os hormônios e até os parceiros, mas sabe-se que, comprovadamente, o tratamento de fisioterapia pélvica reduz a dor na relação sexual até em mulheres que já passaram pela menopausa.
De acordo com a especialista, uma grande parte das mulheres tem a vida sexual afetada após entrar na menopausa, muitos acreditam que somente o desejo é alterado pela redução de hormônios nessa fase da vida e a tão falada redução da lubrificação vaginal, mas o que muitos não sabem é que o canal pode se tornar menos flexível e que muitas sentem dor na penetração vaginal, isso faz com que as mulheres evitem seus parceiros com medo de sentirem dor. Por isso, a fisioterapia pélvica está aí para provar o que mostra a pesquisa: sexualidade é para qualquer idade.