RELACIONAMENTO: DOMÍNIO NÃO É AMOR!

relacionamento abusivo

Saiba quando o seu relacionamento se torna destrutivo

Por: Letícia Ferreira      Foto: Shutterstock.com

Nós vemos constantemente o quanto as pessoas valorizam: ciúme, controle, proibições, dedicação exclusiva, dentre outras atitudes. Isso tudo, na verdade, só serve para nos destruir, mas, é fácil ver essas atitudes serem consideradas “prova de amor intenso”.

Uma relação abusiva pode ser percebida nos primeiros meses de convivência. “Nos primeiros meses o lado dominante da relação se mostra gentil e parceiro. Afinal, a primeira impressão precisa ser a melhor e não que isso seja fingimento, mas se ao logo do relacionamento alguns comportamentos se tornarem mais ofensivos e agressivos, com a convivência, é revelada a verdadeira personalidade do indivíduo. Cabe a outra parte do relacionamento decidir continuar ou não”, explica Carla Ribeiro, psicóloga com abordagem em sexualidade humana e saúde do homem.

Saiba identificar quando você está sendo desvalorizada e humilhada, seja em público ou não. “Em muitos casos, a vítima da relação abusiva percebe todo esse comportamento do dominador como um controle excessivo. Mas, ela não consegue tomar atitude para reverter à situação, pois acredita que essa é realmente uma forma de amar. E pensa que pode ser abandonada pelo dominador, caso isso venha a ocorrer ‘ninguém mais me amará assim’ (fala da vítima)”, exemplifica Carla.

Ninguém muda de opinião repentinamente e agressivamente se a relação é saudável. “Pode-se dizer que todo relacionamento precisa ter um “sensor de alerta” para se identificar as mudanças de atitude que essa pessoa pode ter ao longo do caminho. Se as atitudes vão de um extremo a outro, de maneira crescente, a relação pode não ser aconselhável, principalmente quando apresenta desvalorização da autoestima do outro”, aconselha a especialista.

Os tipos de violência variam entre si, podendo ser: psicológica, física ou sexual, que em sua maioria são atos mantidos entre o casal, pois para ambos se tornou comum. “Normalmente, surgem muitas reações agressivas do dominante, como xingamentos, insultos, atitudes sem controle emocional. Quando isso ocorrer, é sinal de alerta”, destaca Carla.

O acompanhamento psicológico do casal ou de uma das partes envolvidas, é indicado e aconselhado, principalmente, se a pessoa que permite essa relação abusiva, tenha a tido como modelo de relacionamento enquanto era criança. Uma relação abusiva independe do lado financeiro e do status do relacionamento seja casado, “ficante” ou namorado.

Amor não é depreciação ou domínio como posse da vida do outro. “Não podemos nos deixar ser movidos por uma questão do senso comum, que os homens são sempre mais dominadores e as mulheres mais emotivas, esses rótulos precisam ser quebrados, para que o lado emocional não seja influenciado e atos descontrolados não venham ser justificáveis”, finaliza a especialista.

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