Sete mitos e verdades sobre diabetes e retinopatia diabética

diabetes e retinopatia diabética

Atualmente, mais de 13 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil. Devido a sua relevância no país e no mundo, a doença tem no calendário da Organização Mundial da Saúde (OMS) uma data comemorativa, o dia 14 de novembro, em atenção aos cuidados com as consequências de sua evolução – entre elas, a retinopatia diabética, doença que pode levar à cegueira e que ainda é bastante desconhecida pela população, inclusive pelos diabéticos.

Segundo o médico oftalmologista, Dr Octaviano Magalhães (CRM – SP 96249), o acesso a informação é a primeira ferramenta para ajudar a esclarecer alguns mitos sobre a retinopatia diabética e promover melhores acessos ao diagnóstico e tratamento adequado. Mitos que o especialista esclarece a seguir.

1.    O diabetes tem cura.

Mito. Tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 ainda não têm cura, porque seus mecanismos de desenvolvimento ainda não estão bem definidos. Caracterizada por uma deficiência na produção da glicose pelo pâncreas, se não for controlada, a doença evolui com o comprometimento do funcionamento de outros orgãos, levando a sua falência. 

Segundo a Federação Internacional de Diabetes, esta é uma doença que deve ter atenção de todas as famílias, pois é uma das principais causas de amputação, doença cardíaca, renal e morte prematura.

2.    O diabetes pode causar cegueira irreversível.

Verdade: Uma das complicações do diabetes para a saúde ocular é a retinopatia diabética, disfunção que afeta diretamente os pequenos vasos da retina. Esses vasos sofrem com o inchaço (o que chamamos de edema) e podem extravasar, desencadeando as dificuldades visuais.

3.    A retinopatia diabética é uma doença silenciosa.

Verdade. Enquanto os vasos sanguíneos sofrem alterações, as mudanças visuais são mínimas. Mesmo com a doença já instalada, raramente o paciente irá apresentar olhos vermelhos, secreção, coceira ou qualquer outro sintoma na superfície ocular. Desta forma, de maneira súbita e indolor, é comum que o indivíduo se dê conta da existência da doença somente quando perde a visão de um dos olhos.

4.    Não há como prevenir a cegueira causada retinopatia diabética.

Mito. Controlar a glicemia, o sistema metabólico, a pressão arterial, as taxas de colesterol e triglicérides e realizar os exames de rotina periodicamente com o médico endocrinologista e o médico oftalmologista podem ser efetivos para prevenção da cegueira.

5.    A retinopatia diabética está associada à idade.

Mito. A retinopatia diabética está diretamente relacionada ao diabetes, o que independe da idade, embora possamos considerar que as suas consequências evoluam junto com o envelhecimento do indivíduo.

6.    A retinopatia diabétiica só pode ser descoberta com exames específicos

Verdade. Para identificar a presença da doença é necessária a realização de um exame chamado de mapeamento de retina, que consegue visualizar o estado geral da retina e o fluxo sanguíneo. Sua realização deve ser feita a cada seis meses, especialmente em pessoas diabeticas.

7.    Existe tratamento para controlar a evolução da retinopatia diabética.

Verdade. O tratamento compreende primeiramente o controle da doença sistêmica, ou seja, do próprio diabetes por meio do controle da glicemia com apoio de medicamentos contínuos e hábitos de vida saudáveis (alimentação e atividade física). Em paralelo, é importante a consulta regular com o médico oftalmologista para prescrição de medicações específicas de controle da retinopatia diabética, como injeções de medicações intravítreo à base de dexametazona, anti-VEGF, fotocoagulação a laser e cirurgia.

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