Noites mal dormidas podem causar obesidade e até modificar genes.
Muitos não sabem, mas uma noite mal dormida traz muitos
malefícios além de olheiras e aparência de cansaço. Não ter a quantidade adequada
de sono à noite pode trazer segundo especialistas desequilíbrio do metabolismo
e dos hormônios o que pode ocasionar inclusive em ganho de peso. Contudo,
antes de recorrer a medidas extremas como fortes remédios psicotrópicos,
existem alternativas naturais para ajudar a minimizar o problema.
O especialista em nutrição, Dr. Leone Gonçalves, afirma que essa não é a
única saída possível para a insônia: “O sono é um período fundamental para
equilibrar as funções biológicas do corpo. A qualidade do sono tem um enorme
impacto sobre a nossa vida diária, já que é neste período que o corpo e a mente
se recuperam. No entanto, antes de recorrer a medicação, é possível através dos
próprios alimentos, da nutrição, da alimentação saudável e a prática de
atividades físicas regulares ajudar o corpo a minimizar o problema da insônia e
da baixa qualidade do sono. Não existe solução mágica, mas os alimentos certos
e na quantidade certa podem ajudar de maneira natural e eficaz”.
O Dr. Leone aponta que substâncias encontradas nos alimentos seriam
responsáveis pela melhora da qualidade do sono: “o triptofano, um aminoácido
essencial, é um indutor natural do sono, porque aumenta a quantidade de
serotonina e de melatonina no organismo, que atuam como um sedativo também
natural do cérebro. Além de melhorar o sono, essas substâncias são
apontadas como capazes de melhoram o humor de modo geral. Alimentos como
queijo, amendoim, castanha de caju, amêndoas, carne de frango, ovos e bananas
são alguns dos que são alguns dos alimentos ricos em triptofano e que
combinados a outros alimentos fontes de carboidratos complexos como o mel e a
aveia, podem ajudar muito a melhorar a qualidade do sono”.
Certos hábitos também foram apontados pelo Dr. Leone como inimigos de uma boa
noite de sono: “Comer em excesso e em horários após às 18h também prejudica a
qualidade do sono. O efeito é ainda mais devastador se os alimentos e bebidas
forem chocolate, chá, refrigerantes e álcool.
No entanto, os efeitos no organismo de uma noite de sono ruim podem ir além do
ganho de peso e piora da qualidade de sono: “Estudos sugerem que quem dorme
menos de cinco horas por noite tem um risco 15% maior de morte por qualquer
causa do que quem dorme bem. Segundo os pesquisadores, pessoas que dormiram
menos de seis horas por dia por uma semana tiveram mudanças importantes na
atividade dos genes que regulam o sistema imune, o metabolismo, o ciclo do sono
e a resposta ao estresse, sugerindo que a falta de sono possa ter um impacto
grande no bem-estar a longo prazo, que afetaram mais de 700 genes, aumentam o
risco de uma série de doenças, como problemas cardíacos, diabetes, obesidade,
estresse e depressão em pessoas que dormem pouco”.