GLOSSÁRIO DA FOTOPROTEÇÃO

protetor solar

Tudo o que você precisa saber, antes do verão

Por: Redação      Foto: Shutterstock.com

Para o verão, existem algumas preocupação e cuidados essenciais para manter a pele bem hidratada! A base para a pirâmide das recomendações dermatológicas é o fotoprotetor. Mas você de fato sabe o que significam as siglas do seu confuso rótulo?

Vamos fazer amizade com os rótulos dos fotoprotetores e não ter dúvidas para utilizá-los ao nosso favor! “A falta de entendimento sobre o rótulo do protetor solar pode demonstrar que a pele não está recebendo a proteção que precisa”, destaca a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. “Muitas pessoas desconhecem a importância de várias dessas siglas. E além delas, já temos como guideline internacional a indicação de antioxidantes como a Vitamina C e E que potencializam a proteção solar”, completa.

A dermatologista explica tudo o que precisamos saber, em um glossário bem dinâmico, nas linhas abaixo:

Antioxidantes – Impedem a formação de radicais livres (e em alguns casos revertem os danos causados por eles). O protetor solar deve ir além dos ativos de proteção: ele deve ser um multibenefícios com elementos de ação antioxidante para imediatamente reparar o processo inflamatório formado em função da radiação. Principalmente quando falamos de ambientes onde há muita poluição ambiental, há a necessidade de complementar a fotoproteção com alguns antioxidantes importantes como as Vitaminas E, C, A, B3, o Resveratrol, o ácido elágico da Romã, extrato de Blueberry, da Folha de Oliveira e de Edelweiss. Algumas moléculas podem ser adicionadas nessa lista: OTZ 10 (que minimiza os danos do calor), Alistin (considerado um antioxidante universal – que age nas camadas de água e gordura da pele) e Exo-P (um antioxidante que impede os danos dos poluentes).

Células de Langerhans – Responsáveis pela defesa imunológica da pele, estão na epiderme e têm forma de estrela. Elas se locomovem pelo tecido e alertam outras células do sistema imunológico quanto à presença de um organismo invasor. O problema é que a exposição à radiação UV pode induzir a uma queda em sua função, diminuindo a atividade imunológica da pele, e isso aumenta a possibilidade de cancerização.

Cor – Filtros de alta cobertura, com base e cor fazem parte dos últimos lançamentos em fotoproteção. A cor serve como uma barreira física à luz visível.

Filtros – Divididos entre químicos e físicos, os filtros de fotoproteção atuam de maneiras diferenciadas. Os filtros físicos são partículas inorgânicas que refletem ou dispersam a radiação, já os químicos são partículas orgânicas que absorvem o fóton de energia. No protetor, é importante associar o uso dos dois, mas os filtros físicos bloqueadores à base de dióxido de titânio, óxido de ferro e zinco são fundamentais. Eles agem como uma parede de tijolos, onde a luz bate e volta sem absorvência. Os filtros químicos são importantes, mas altamente instáveis; então na sudorese, na água do mar, a molécula fica quimicamente instável e deixa de proteger. E muitas vezes, os raios UVB e Infrared furam o bloqueio dos filtros químicos de alguns produtos de fotoproteção e causam dano celular que, em consequência, provoca flacidez.

Fotoenvelhecimento – Quando falamos em envelhecimento fotoadquirido, estamos falando da formação precoce de rugas, manchas, mudança na textura da pele, angiogenese (formação de novos vasos), epiderme pergaminácea e flacidez. Com a radiação, as manchas do melasma também podem piorar. Além disso, a radiação ainda aumenta o risco de lesões cancerígenas na pele. Para evitar danos, anote: é necessário aplicar duas colheres de chá de protetor solar no rosto 30 minutos antes de sair para o sol, e evitar a fotoexposição das 10 da manhã às 4 da tarde (nesse horário, prefira a sombra). Reaplicar de duas em duas horas em ambientes abertos e de 4 em 4 em ambientes fechados.

FPS – A sigla de Fator de Proteção Solar refere-se apenas aos raios UVB. É o valor obtido pela razão entre a dose mínima eritematosa na pele protegida por um protetor solar e a dose mínima eritematosa na mesma pele quando desprotegida. Hoje se descobriu que a proteção solar que leva em consideração apenas a questão do eritema (vermelhidão) desconsidera a dose suberitematosa, que é um dano criado antes mesmo da pele ficar vermelha, dando origem a chamada “sunburn cells” (ou células que sofreram alterações importantes pela radiação ultravioleta apresentando degeneração no seu DNA, promotoras mais tarde da possibilidade de cancerização). Recomenda-se FPS de no mínimo 30, mas não esqueça a proteção contra o UVA, infravermelho e luz visível!”

Imunoproteção oral – Os filtros imunoprotetores via oral vieram para ficar com propriedades de melhora da resistência cutânea e imunológica. Eles funcionam como verdadeiros guardiões quando associados aos protetores locais, para preservar a estrutura e evitar a desnaturação do DNA celular por proteger as células imunológicas da pele e reverter em parte os danos biológicos e inflamatórios causados pela exposição exagerada ao sol. Os mais importantes são o Polipodium Leucotomus, Picnogenol, Astaxantina, Luteina, Extrato de White e Green Tea, Resveratrol e ácido elágico da Romã, sempre associando ao uso de silício orgânico Exsynutriment para melhora do aspecto da flacidez. Mas, cuidado: isso não substitui o protetor de uso tópico!

IR – Infrared (infravermelho ou IV) é sentido através do calor ou mormaço. É uma radiação que acomete num comprimento de onda suficiente para atingir a derme mais profunda, a derme reticular, onde estão as fibras de ancoragem e sustentação da pele. E isso provoca um dano muito importante, com menor elasticidade e uma piora no aspecto geral com a destruição do arquétipo da pele. Além de um maior potencial de cancerização. Para evitar a flacidez e rugas, é importante o uso do bloqueio físico solar e antioxidantes que diminuam o processo inflamatório causado pelo Infrared.

Luz visível – Presente na nossa rotina diária, ela é capaz de promover a médio e longo prazos um quadro de eritema mesmo que subcutâneo, mas já suficiente para gerar a presença das sunburn cells. A médica ilustra que a luz visível atua no estímulo da melanogênese, resultando em manchas. As pessoas que têm tendência ao melasma não podem só pensar em ter um fotoprotetor com UVA e UVB. Tem que ter algum tipo de ativo que combata a ação danosa do Infrared e luz visível. São ativos tirados de extratos vegetais que têm ação anti-inflamatória e bloqueadores como dióxido de titânio.

PPD – Persistant Pigment Darkening indica o grau de proteção contra os raios UVA. Nos rótulos, o PPD pode aparecer como FPUVA (Fator de Proteção UVA). O PPD ideal é a partir de 10 e deve representar, no mínimo, um terço do FPS.

Radicais livres – Átomos ou moléculas instáveis e altamente reativas, os radicais livres, em excesso, passam a atacar células sadias, como proteínas, lipídios e DNA. Ele danifica a membrana e a estrutura da célula, podendo, em casos extremos, levar à morte celular.

UVA – Principal responsável pelo envelhecimento precoce (manchas e rugas), esse tipo de radiação atravessa nuvens, vidro e epiderme, é indolor e penetra na pele em grande profundidade, até às células da derme, sendo o principal produtor de radicais livres. Os raios UVA afetam a pele o ano todo, independente da estação. Esse tipo de radiação não é bloqueado totalmente com protetor solar e traz prejuízos, desde lesões mais simples até, em casos mais graves, câncer de pele”, explica a dermatologista.

UVB – A radiação ultravioleta B deixa a pele vermelha e queimada, danificando a epiderme e é mais abundante entre às 10 da manhã e às 4 da tarde. Seu grau de proteção é medido pelo FPS e é uma radiação que pode furar o bloqueio dos filtros químicos e aumentar o risco de cancerização.

Veículo – Gel, creme, loção, spray, bastão: todos esses são veículos dermocosméticos que devem ser considerados na hora da escolha de um fotoprotetor, pois isso ajuda na prevenção de acne e oleosidade. Pacientes com pele com tendência à acne devem optar por veículos livres de óleo ou gel creme. Pacientes que praticam muita atividade física devem evitar géis, pois eles se diluem facilmente.

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