CRIANÇAS E TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM

Por Camilla Lóes

Fotos: Istockphoto.com

Muitas crianças sofrem diariamente com déficit de atenção, entre outras coisas. Essa é uma questão muito pontuada pelos pais que percebem que seus filhos estão com mau desempenho escolar.

Segundo a psicóloga Thais Quarta, sócia-diretora da NeuroKinder, é importante que os familiares entendam que esse mau desempenho pode refletir diretamente no emocional e psicológico da criança, influenciando diretamente a vida adulta. “Por isso, é preciso investigar a causa, que pode estar relacionada a algum transtorno da aprendizagem ou ser apenas uma dificuldade de aprendizagem”, explica Thais.

É necessário que os pais entendam a diferença entre dificuldade escolar e transtorno de aprendizagem. Segundo a neuropsicopedagoga, Viviani Zumpano, a dificuldade escolar está relacionada com lacunas no processo de aprendizagem que podem ser geradas pelo modo como a criança está sendo ensinada (método de ensino), ou até mesmo por imaturidade do estudante. “Nesses casos, também é comum encontrar problemas na dinâmica familiar e na condição emocional da criança, como separação dos pais, mudança de escola, entre outros fatores”, afirma Viviani.

E os transtornos de aprendizagem estão ligados a problemas neurobiológicos, afetando diretamente o desenvolvimento de funções cerebrais. Os transtornos não são consequência da falta de oportunidade de aprender, nem acontecem por motivo de doenças ou traumatismos que afetam o cérebro. Eles ocorrem quando há alguma anormalidade no processo cognitivo e derivam de algum tipo de disfunção biológica, sem afetar o quociente de inteligência (QI).

“A criança com algum transtorno de aprendizado é capaz de aprender, porém, de uma maneira diferente. Uma equipe interdisciplinar, formada por psicólogos, neuropediatras, psicopedagogos, fonoaudiólogos, entre outros profissionais, pode orientar os pais e os professores para que juntos possam oferecer à criança ou ao adolescente um processo de aprendizagem baseado na utilização de instrumentos pedagógicos, adequados para cada tipo de transtorno”, explica Viviani.

 

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *