COMO LIDAR COM AS BIRRAS DAS CRIANÇAS?

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Já que não podemos evitar, aprenderemos como controlar o show

Por: Letícia Ferreira      Foto: Shutterstock.com

É chegada a hora que os bebês crescem, e deixam de ser tão quietinhos e tranquilos. As crianças começam a formar opinião e sentir a necessidade de se expressar, surgindo então, as birras. E nós sabemos que não é fácil lidar com isso.

Parece que quando a criança faz birra, é inevitável o surgimento de diversos sentimentos dentro de nós, da vergonha à raiva, passando pela vontade de rir. Normalmente o show é realizado em locais públicos o que contribui para o nosso desespero.

Como sabemos que é algo inevitável, a doutora Flavia Oliveira, pediatra da Clínica MedPrimus, nos mostrará estratégias para conseguirmos controlar o show. O primeiro passo é entendermos que a birra nada mais é do que a manifestação de uma frustração. “Na falta de ferramentas mais potentes, como a fala, por exemplo, a criança pequena frente a uma situação na qual tem um desejo que não está sendo atendido, usa do choro e a agitação corporal para tentar fazer prevalecer sua vontade”, explica a pediatra.

Esse processo de ampliação do vocabulário, para expressar os seus desejos e vontades, começa por volta dos 18 meses de idade da criança. “Porém, a linguagem compreensiva é muito mais apurada, ou seja, ela entende, mas não se faz entender. Se os pais cedem a uma crise de birra, e isso se torna constante, a criança entende que é desta maneira que se resolvem os problemas. Então, pronto, está sendo moldado um padrão de comportamento, e com o passar da idade a tendência é piorar. A birra ocorre normalmente por caprichos não satisfeitos, sendo difícil ver uma birra caso a mãe dissesse “ok”, sem jantar hoje, vamos comer só bolo de chocolate”, completa Flavia.

Entender a relação entre o que fez e a consequência é necessário, assim como a punição ser imediata, afinal, as crianças ainda não aprenderam a pensar a longo prazo. “Ou seja, depois de algum tempo, não sabem por que estão sendo castigados, esqueceram da birra e da importância que demos a ela. Ninguém é 100 % o tempo todo, mas sempre digo que educar uma criança é uma missão de vida. Assim, podemos deslizar em alguns momentos, mas isso dever ser pontual”, finaliza a pediatra.

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