“COMBO” DE CIRURGIAS

Silicone, lipoaspiração, rinoplastia… Encontrar alguém que tenha feito (ou tem vontade de fazer) cirurgia plástica não é difícil. O grande leque de opções de procedimentos faz com que aqueles que gostam de mudanças fiquem tentados a fazer mais de um na mesma cirurgia. Um dado divulgado pela Sociedade Americana de Cirurgiões (ASPS) afirma que 42% dos norte-americanos que se submeteram a plásticas realizaram dois ou mais procedimentos ao mesmo tempo.

Apesar de não termos dados nacionais, o Dr. Márcio Castan, Cirurgião Plástico de Porto Alegre (RS), confirma que o brasileiro também é adepto de intervenções simultâneas, mas alerta que algumas precauções devem ser levadas em consideração antes de enfrentar várias cirurgias de uma só vez. “Para garantir a segurança, o tempo cirúrgico não deve ultrapassar quatro horas, pois pode haver maior risco de infecções, riscos anestésicos, maior perda sanguínea, riscos de complicações cardiovasculares, bem como o cansaço da equipe. Além disso, o paciente pode sentir incômodo em várias áreas, dificultando, desta forma, que as orientações pós-operatórias sejam seguidas corretamente, além de poder prejudicar o período de cicatrização”, descreve o Dr. Castan.

Apesar da recomendação da comunidade médica ser de um procedimento por vez, a combinação de cirurgias em um único ato operatório pode, sim, ser acordada entre o médico e o paciente – desde que haja possibilidade técnica, associada aos bons resultados dos exames pré-operatórios. “Não há nada que proibida determinadas cirurgias combinadas que se complementam como, por exemplo, um lifting facial e a blefaroplastia (intervenção cirúrgica plástica em pálpebra)”, exemplifica o especialista.

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