Que o sol é um dos grandes vilões da pele, sendo o principal responsável pelo surgimento de manchas e até mesmo câncer, muitos já sabem. Porém, aqui vai uma importante informação adicional. A radiação solar também é uma inimiga das pessoas que são apaixonadas por tatuagens. “Isso porque os raios ultravioletas emitidos pelo sol são os responsáveis por desbotarem as tatuagens. Dessa forma, eles promovem uma fotodegradação dos pigmentos utilizados na confecção da ilustração na pele”, explica Lucas Portilho, consultor e pesquisador em Cosmetologia, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma e Pesquisador em Fotoproteção na Unicamp.
Mas o problema não para aí. A radiação ultravioleta do sol ainda reage com a pele de outras maneiras. Por exemplo, a fotodegradação dos pigmentos gerada pela exposição solar pode resultar em compostos tóxicos, que são absorvidos pelo organismo. Isso causa reações como infecções, coceira, inchaço, alergia e fotossensibilidade. “Além disso, o desbotamento das tatuagens causado pelo sol leva a formação das moléculas 4-nitrotolueno e 2-metil-5-nitroanilina. Essas substâncias são cumulativas no organismo e possuem potencial cancerígeno em longo prazo”, alerta o pesquisador.
Prevenção aos raios solares
Contudo, é possível evitar todos estas reações e alterações no organismo e na própria aparência da tatuagem. Para isso, é necessário um cuidado já conhecido pela grande maioria da população. Trata-se da fotoproteção.
“O uso diário de protetor solar é fundamental para proteger a pele e a tatuagem dos danos dos raios ultravioletas. Consequentemente, o ideal é que todas as manhãs, mesmo quando nubladas, você aplique um protetor solar. Por sua vez, este deve ter FPS de no mínimo 30, além de amplo espectro de proteção contra os raios UVA e UVB. É importante que você reaplique o produto a cada duas horas para garantir a máxima eficácia. Para as tatuagens, uma boa dica é optar pelo fotoprotetor na forma de bastão, já que este, quando combinado ao amplo espectro, é mais resistente a ação mecânica e da água, além de facilitar a aplicação exatamente sobre o local da ilustração”, finaliza Lucas Portilho.