COMO É A VIDA DEPOIS DE UM AVC

Por Camilla Lóes

Fotos: Istockphoto.com

Acidente Vascular Cerebral, chamado também de derrame cerebral, é muito comum em pessoas com o histórico familiar da doença. Ele ocorre quando há um rompimento dos vasos que levam sangue para o cérebro provocando assim uma paralisia na área afetada. Normalmente as consequências são perdas de funções motoras, cognitivas e psicossociais.

As pessoas que são passíveis desse problema possuem geralmente alguma doença avcassociada como hipertensão, obesidade, diabetes ou alterações de colesterol. Mas a doença deve ser encarada sem alardes. Segundo o Dr. Rubens Gagliardi, diretor cientifico da Academia Brasileira de Neurologia, é possível ter uma boa qualidade de vida após sofrer um AVC.

É fundamental ter em mente quais são os principais sintomas (como paralisia de um lado do corpo e fraqueza), pois quanto antes for o tratamento, menor serão as sequelas. “O paciente não consegue levantar o braço, a perna, e nem mesmo andar. Pode, também, ocorrer um desvio na boca, perda de visão completa ou parcial, dores de cabeça, tontura forte e dificuldades para elaborar palavras e se expressar”, explica.

SINTOMAS:

– Fraqueza nos membros;

– Assimetria facial;

– Alterações na fala;

– Confusão mental;

– Dificuldade de andar;

– Convulsão;

– Perda de consciência.

Caso haja alguma emergência deste tipo ao seu redor, é essencial que o socorro médico seja em até quatro horas, pois assim as funções vitais podem ser recuperadas. Quando o doente chega tardiamente ao hospital, as possíveis alternativas de tratamento são antiagregação, anticoagulação e antidematoso cerebral.

REABILITAÇÃO

Sabia que a chance do Acidente Vascular Cerebral se repetir é muito grande? Pois é, por isso você não pode deixar de visitar seu médico e fazer um controle rígido. “Não existe um tempo estipulado para reabilitação, pois isso varia de acordo com o paciente. O ideal é começar uma reabilitação profissional ainda no período de internação hospitalar até o paciente se recuperar completamente – o que normalmente ocorre em 30% dos casos”, ressalta Dr. Rubens.

O médico afirma que é necessário que seja feito um acompanhamento neurológico, estipulando as condições clínicas e os riscos cerebrovasculares. O recomendado é que o paciente tenha um sono de qualidade, alimentação saudável aliada às práticas de exercícios físicos e corte o uso de tabaco.

“Quem sofreu um AVC pode ter de conviver com sequelas, mas isso não defasa totalmente a qualidade de vida, uma vez que é possível ter reabilitação, reestruturação física e recuperação de contato social. Um tratamento multidisciplinar é essencial para se atingir resultados mais efetivos. O apoio da família é fundamental neste processo, assim como é fundamental a prevenção”, conclui.

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