“A Bey engordou, a Rihanna engordou, eu engordei, e tá tudo bem! Tá tudo bem ser mutável – como todo ser humano”, diz, em sua primeira coluna para a revista Glamour
Em sua primeira coluna para a Glamour Brasil, a atriz refletiu que desde pequena esteve sob holofotes, e exposta aos comentários de qualquer pessoa. “Quantas pessoas têm registros sendo entrevistadas pela Glória Maria aos 6 anos de idade? Quantas têm imagens do primeiro trabalho aos 14? Minha vida começou a ser exposta quando eu nasci, e lidei com o fato das minhas atitudes gerarem expectativas (mesmo que irreais) até o presente momento. Mas foi quando eu percebi que, por não corresponder tais expectativas em relação à minha imagem, as pessoas se acham no direito de me questionar e envergonhar publicamente, que me dei conta: ser mulher é isso, ter grandes e dolorosas fichas caindo todo santo dia.”
Eu mesma tenho refletido sobre a maneira como enxergo as artistas que considero grandes ícones. conta. “Por quê? Porque eu, assim como você, tive meus pensamentos intoxicados para automaticamente julgar a aparência do outro o tempo inteiro. E eu venho corrigindo isso no meu olhar há anos.São evidentes os motivos que me levam a falar sobre isso agora. Não que eu tenha me tornado uma pessoa monotemática – adoraria estar falando aqui sobre os meus novos projetos –, mas o que vem acontecendo em relação à postura da mídia e de uma parcela das pessoas que me seguem nas redes vem me afetado, sim. E, vez ou outra, nós, “pessoas públicas”, precisamos lembrar ao mundo que também somos de carne e osso (e células de gordura, que às vezes dobram de tamanho, rs).”
Então eu sugiro que, daqui pra frente, toda vez que você ver uma mulher e a primeira coisa que saltar aos seus olhos for algo sobre sua aparência, mude! Diga para si mesma: “not today Satan, hoje eu vou ser melhor.” A Bey engordou, a Rihanna engordou, eu engordei, e tá tudo bem! Tá tudo bem em ser mutável – como todo ser humano – finaliza Cleo.