Analise a sua imagem e nos diga mais sobre você
Por: Letícia Ferreira Foto: Shutterstock.com
Ao ler este título você pode pensar em diversas respostas, todas elas trarão a certeza de que ninguém te conhece melhor do que você mesmo. Mas será que você se conhece o suficiente?
Vamos colocar uma situação comum e simples: Hoje você terá três encontros e em cada um deles irá se apresentar. Antes de saber com quem, onde e o que fará, é fundamental saber mais a respeito de você mesmo.
Para essa análise a coach de relacionamento, Mara Flores, estabelece um passo a passo:
- Olhe para si mesma
Sente-se de frente a um espelho que possa ver o seu corpo de lingerie ou nua, assim, terá uma visão de dentro e fora do seu corpo, suas formas, cor e condições (flacidez, rigidez de músculos, tensão). Perceba onde seu olhar parar que tipo de pensamento virá, deixe fluir para a experiência gerar resultados positivos, se possível anote, da cabeça aos pés. É fundamental perceber as partes tuas que passa o olhar rapidamente, como quem nega a existência da realidade;
- Balanço com o resultado
De um lado anote pontuando os aspectos negativos, do outro o positivo e dê uma nota. A nota é uma referência de como está seu senso crítico e expectativas. Este é o momento de perceber seus sabotadores, saber se você aceita o seu corpo e quem está dentro dele.
- Qual palavra traduziria você agora?
Vergonha, raiva, desespero, ansiedade, tristeza, medo, frustração, delícia, incrível, perfeita, macia, carnuda, ossuda, sexy, na medida certa, etc. Para aceitar as emoções que nascem dentro de você, dê-se o direito de expressar sua verdade emocional dolorosa e aliviar seu sofrimento ou de fortalecer suas crenças positivas sobre você.
Com esses três passos, já podemos tirar algumas questões. É necessário ter em mente que quando estabelecemos uma nota, tomamos como base algo ou alguém. “Quem é sua referência? Uma projetação de você mesmo ou um modelo que comprou de padrão de sucesso? Aqui sucesso envolve sentimentos, seus comportamentos e suas atitudes em relação aonde você quer chegar para sentir-se bem satisfeito consigo mesmo”, explica Mara.
O mesmo acontece com as críticas! Absorva somente críticas construtivas, feitas por pessoas que chegaram onde você quer chegar, e que apontem pontos cegos, ou seja, coisas que você não via, mas agora percebe que é necessário mudar. Lembre-se sempre que você é a melhor e única versão de si mesmo, portanto, faça jus a isso e viva.
Antes de voltarmos a falar dos encontros, vamos pontuar algo muito importante: o amor. Nós atraímos tudo o que enviamos para o universo, seja: amor, felicidade, sucesso, aceitação, conformidade, prosperidade, dentre outros. “Quando emite amor, ama, a probabilidade é que volte para você o amor em todas as suas formas. Amar é a única ação pura de nós mesmos”, exemplifica Mara.
O amor deve ser um sentimento desprendido de troca ou medo. “Se tem dado muito amor e não está recebendo como deseja, pode ser o fato de ter medo do amor, de ser feliz, de amar e sofrer, de se realizar, se abrir e se dar, de ser merecedor”, segundo a especialista.
Sem desculpas ou fases feitas sobre decepções amorosas anteriores! “Se nem você é capaz de se colocar em primeiro lugar, ter amor pela pessoa que você é, respeitar seus limites, colocar seus projetos na pauta do dia, como o outro irá te valorizar? Ao afirmar colocar tudo e todos antes de você, é bem provável que estivesse buscando uma recompensa e não amor.”, diz Mara.
Lembra dos nossos 3 encontros? Agora que conseguiu uma visão panorâmica sobre você, é hora de seguirmos.
Primeiro encontro
Você vai a um jantar romântico. O que você esconderia e o que ressaltaria?
Pegue sua lista inicial. Para cada parte escondida diga: Eu preferia ser 10 nesse quesito, mas eu não sou julgável e estou comprometida a fazer o meu melhor para resgatar a melhor versão de mim mesma.
Imagina agora chegando ao local e lá outro casal está na mesa. A mulher que está de frente com você é aquele 10 que você colocou como seu “Eu ideal”. Agora eu quero que você sinta, veja e ouça o que seu parceiro estará falando sobre você e principalmente que tipo de desconforto irá acontecer em relação a outra mulher.
Segundo encontro
Você abre a porta e chega uma pessoa que não te vê a muito tempo. Esse é seu “EU” e a sua imagem no cotidiano.
O que estará vestindo? Como estão seus cabelos, unhas e pele? Se você é casada ou namora a muito tempo, é essa mulher que também surpreende o companheiro todos os dias? Observe-se no cotidiano.
Terceiro encontro
Seu chefe lhe chama para uma reunião de última hora, o que provavelmente estará vestindo? Pode ser a chance que você queria para falar dos seus projetos, só que ele não está sozinho, o dono da empresa está com ele. E agora? Como seu chefe provavelmente irá lhe apresentar? O que estará falando sobre você?
Depois das apresentações o dono da empresa vira-se para você e diz: “Agora é sua vez de me falar um pouco mais sobre você. Quais são seus sonhos? O que tem dedicado a fazer no seu dia a dia na empresa e se pudesse mudar algo, o que seria?”
Neste momento seus pensamentos e juízos influenciam seu comportamento e posicionamento, essa é a chance da sua vida. De fato, você sente o que você pensa. Por isso, é importante estar atento a seu discurso interior.
Depois desses três encontros, você começa a identificar os seus pensamentos, as suas crenças e observar o seu cotidiano. “Pode parecer chato e monótono, mas, pouco a pouco, isso lhe permitirá conhecer e compreender melhor a si mesmo, para depois avaliar o que não está funcionando bem e que lhe impede de alcançar os resultados esperados”, explica Mara.
Para fechar um quadro de auto-observação, a Mara indica que faça por 1 semana. Basta fazer o download e aguardar a segunda etapa para construção da autoimagem. “Se tomar a decisão agora de mudar o que não está funcionando, poderá ter um certo trabalho, mas garanto que o resultado final irá compensar. Se fizer na base do “se eu lembrar e quando eu puder”, o universo irá lhe responder com o mesmo compromisso”, finaliza a coach.