Eu sou minha própria super-heroína

*Por: Ana Cássia Stamm

Quais as características de um super-herói?

Todos devemos responder: o seu poder, sua forca, determinação. Mas o que podemos aprender com a ficção para utilizar no nosso dia a dia e que pode nos salvar em momentos de desafios?

Nem só de poderes vivem os super-heróis. Às vezes são as suas fraquezas que despertam nossa simpatia. Assim como eles, nós também sentimos que somos frágeis diante de algumas situações; alguns têm medos específicos (altura, insetos) outros têm medos inespecíficos e gerais. Mas uma coisa é certa: todos trazemos uma porção de fragilidades e medos que são perfeitamente humanas (e instintuais de preservação).

Então certamente é muito humano aceitar que grande parte de nós tem traumas a serem superados, sejam eles da nossa infância ou adolescência. Os conflitos psicológicos fazem parte do nosso desenvolvimento e vão nos acompanhar por todas as fases de nossa vida. A resiliência, ou a força em superá-los, faz parte do desafio de bem viver.

Criar objetos igualmente poderosos é outra técnica que funciona bem em se tratando de heróis. Estes objetos de poder podem ser comparados aqueles que nos fortalecem diante dos desafios: sejam terços, patuás, orações, respirações, mentalizações, rituais, todos nós temos nossos objetos de defesa e poder.

A utilização da agressividade quando precisamos resolver algo também nos aproxima dos heróis. É nosso sistema de defesa e fuga que nos auxilia quando precisamos de fôlego ou velocidade extras. Ao mesmo tempo nos mostra que algo vai errado quando adquirimos síndrome do pânico ou distúrbios de ansiedade.

Mas podemos aprender a equilibrar nossa agressividade com nossa calma e paciência, obtendo os melhores resultados.

Muitas vezes não sabemos como descobrir ou utilizar a nossa força. E precisamos da ajuda de alguém que já fez aquele caminho. São os nossos curadores, mentores, professores, que nos ajudam a descobrir as nossas habilidades, desenvolvendo nossa confiança para saltarmos de um ponto ao outro. 

Muitas vezes saltar não é uma escolha. Somos lançados ao desafio sem que ninguém nos pergunte se estamos preparados ou não. Aliás vamos reclamar e dizer que não estamos preparados. Um herói é covarde no início e no final é corajoso ou egoísta no início e no final altruísta.

Todo ser humano foi feito para vencer. Olhar as histórias e mitos é uma maneira de nos identificarmos com um caminho. Podemos sim ser heróis de nossa própria história!

*Ana Cássia Stamm é palestrante, socióloga, psicóloga e psicoterapeuta Vibracional. Fundadora do Despertar do Ser Terapias Vibracionais.