Texto: Bruna Rojas Imagens: Reprodução/Shutterstock
Existe uma linha tênue que separa o gosto pela razão e a arrogância. Estar certa em suas opiniões, no final, é sempre bom, não é mesmo? Porém, cada maneira de perceber as coisas gera uma opinião diferente e, consequentemente, diferentes formas de estar certa ou errada numa discussão, reunião ou simples conversa. Debates sadios nunca devem terminar em brigas de egos, conforme explica a líder coach e psicóloga Maura de Albanesi: “Muitas vezes já começamos o assunto como se a nossa razão fosse de fato a realidade e então nos fechamos para pensamentos que poderiam vir a acrescentar”.
De modo geral, ter razão é muito bom. Mas segundo a psicóloga, quando o lado oposto ao seu rende-se ao debate e pede desculpas, a euforia não compensa: “É muito comum as pessoas brigarem mais por quem tem razão do que para encontrarem uma solução para o problema.”, explica Maura, que enxerga a briga de ego maior que a tentativa de resolver as coisas. Nesse sentido, a arrogância se mistura com a desqualificação: “Quando não conseguimos convencer os outros da nossa razão, nos sentimos diminuídos, desqualificados… e vamos nos retraindo e não expondo mais as ideias. E você começa a se ofuscar”.
A solução para mudar esta postura, segundo a psicóloga, é estar aberta a opiniões diferentes e nunca se colocar na posição de “sabe tudo”, sem necessariamente abdicar do próprio ponto de vista – apenas ouvir e aceitar opiniões diferentes. “Na hora de uma discussão, é importante que a gente coloque nossa maneira de ver, sem o argumento típico ‘eu tenho razão, eu sei’ porque isso impede que a gente venha a compreender, a trocar e a resolver o problema”.
Muitas pessoas odeiam escutar a frase “eu avisei” – afinal, são ditas após situações complicadas. Abdique de frases do tipo, que segundo a coach, não é nada legal.