Analisar o perfil do agressor é tão necessário quanto o cuidado com a vítima
Por: Letícia Ferreira Foto: Divulgação
A questão sobre bullying entre crianças e adolescentes continua muito em foco, infelizmente, porque a prática tem sido encontrada em diversas escolas, com faixas etárias diferentes. Atualmente, a ação das escolas quanto à esses casos tem sido imediata, o que promove o combate e ganha um olhar mais atento de todos.
O que por vezes esquecemos, é analisar também, o perfil do agressor, e não só o da vítima. “Ele precisa ser analisado pelo pedagogo, psicólogo e demais profissionais, caso necessário. O agressor deve ser visto como uma pessoa que tem em sua maioria, uma satisfação em machucar, denegrir, depreciar e agredir o outro por vários motivos, sejam eles de cunho racial, por alguma deficiência, classe social, religião, etnia, gênero e outros”, explica Ana Regina Caminha Braga, escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar.
Nessas circunstâncias, temos três partes envolvidas diretamente para o cuidado com o agressor: a escola, o responsável legal e o pedagogo/psicólogo. De acordo a especialista, a escola deve analisar os alunos dentro e fora das salas de aula, tendo como agir imediatamente em casos de bullying. Não é relevante saber o motivo e sim como será encaminhado e tratado o agressor, tanto quanto, a vítima.
Já o trabalho do pedagogo, psicólogo e responsável pelo agressor, deve ser feito em conjunto. “As orientações e os combinados feitos pelos profissionais devem ser seguidas de modo criterioso pelos responsáveis, pois o agressor nem sempre deixa explícito sua vontade ou atitudes em machucar o outro seja com verbal ou fisicamente e os prejuízos psicológicos para a pessoa que pratica o bullying também deve ser tratado com máxima cautela”, finaliza Ana Regina.